A comunidade Yanomami em Roraima está prestes a receber um hospital, fruto de um esforço coletivo liderado pela Central Única das Favelas (CUFA) e pela Frente Nacional Antirracista. Esse projeto nasceu de uma necessidade urgente: garantir cuidados médicos de qualidade a uma comunidade que, por muito tempo, foi negligenciada.
Segundo Celso Athayde, fundador da CUFA e da Favela Holding, o caminho até aqui foi árduo e repleto de desafios. Desde o início, a ideia de construir um hospital em uma área tão remota exigiu um planejamento detalhado e a articulação com diversos parceiros para viabilizar o projeto.
“A jornada foi desafiadora em todos os sentidos. Tivemos que enfrentar questões burocráticas, geográficas e logísticas. Mas, acima de tudo, foi essencial engajar pessoas e empresas que acreditassem na causa e estivessem dispostas a fazer parte dessa missão”, afirma Celso.
Empresas como o iFood foram fundamentais para o sucesso da iniciativa. A plataforma de delivery foi uma das primeiras a se unir à causa, fornecendo apoio financeiro e logístico para tirar o projeto do papel. “O apoio do iFood foi decisivo. Eles entenderam desde o início a importância de levar dignidade e saúde a essa população”, destaca Celso. O hospital não será apenas um centro de saúde; ele representa um símbolo de resistência e valorização dos povos originários. Para a CUFA e seus parceiros, essa iniciativa é uma forma concreta de mostrar que é possível transformar vidas quando há união, solidariedade e um compromisso real com a justiça social.
Agora, com as obras finalmente iniciadas, a expectativa é que o hospital esteja em funcionamento nos próximos meses, oferecendo serviços essenciais para a comunidade Yanomami e promovendo melhorias na qualidade de vida dessa população.
Início da construção de hospital para comunidade yanomami em surucucu marca nova era de assistência à saúde indígena
Nesta terça-feira, 7, será lançada a pedra fundamental da construção do hospital centro de referência em Surucucu, voltado para o atendimento da comunidade Yanomami e outras 60 comunidades da região. O hospital, que terá um custo total de R$ 23 milhões, conta com o investimento de R$ 15 milhões do Ministério da Saúde, enquanto a CUFA e a ONG alemã Target Reudiger Nehberg investirão R$ 8 milhões.
A estrutura contará com alojamentos, refeitórios e sistemas de saneamento para garantir condições dignas tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. Este marco é um passo importante na luta pelos direitos e pela dignidade dos povos indígenas na região.