O presidente da Central Única das Favelas de Mato Grosso (CUFA/MT), Anderson Zanovello, participa do Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com a África, realizado entre os dias 5 e 8 de novembro de 2025, em Salvador (BA). Em sua 7ª edição, e pela primeira vez fora do continente africano, o festival propõe um espaço de troca e co-criação entre Brasil, França e África, celebrando a força das juventudes, das comunidades e das narrativas que unem os três continentes.
Aberto oficialmente pelo presidente francês Emmanuel Macron, na véspera da COP 30, o evento reúne 300 jovens e lideranças de referência em temas como justiça territorial, inclusão social, igualdade de gênero e valorização das culturas afrodescendentes. A programação é ampla e inclui o Fórum Nosso Futuro Brasil–França: Nossos Lugares em Partilha, além de exposições, mostras de cinema, oficinas, apresentações musicais e debates que transformam Salvador em um grande centro de diálogo cultural e social.
Zanovello, que representa a CUFA Mato Grosso e o movimento nacional da entidade, participa de painéis que abordam o papel das periferias e das favelas na construção de cidades inclusivas e sustentáveis. Segundo ele, o festival é uma oportunidade histórica para que as experiências brasileiras de transformação social sejam reconhecidas em escala global.

“Participar deste encontro é mostrar que a favela pensa o futuro. O diálogo com África e França amplia nossa visão sobre pertencimento, inovação e cidadania nas periferias. A CUFA vem mostrando que as soluções sociais nascem da base, da coletividade e da força das nossas comunidades”, afirmou.
O evento é organizado pelo Institut Français e pela Embaixada da França no Brasil, dentro da Temporada França–Brasil 2025, em parceria com o Governo Federal, Governo da Bahia, Prefeitura de Salvador, Universidade Federal da Bahia, CUFA Brasil e CUFA França, Aliança Francesa, Accor, Fundação de Inovação pela Democracia, Cidade de Paris, entre outras instituições.
Para Anderson Zanovello, a presença da CUFA no festival reforça a importância da colaboração entre territórios e da valorização das vozes periféricas.
“Quando um jovem da favela dialoga com lideranças da África e da Europa, ele entende que suas lutas são parte de algo maior. Esse encontro mostra que a favela é potência global e tem muito a ensinar sobre solidariedade, criatividade e futuro”, destacou.
Com quatro dias de programação intensa, o Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com a África consolida-se como um dos principais espaços internacionais de articulação entre juventude, cultura e políticas públicas, projetando Salvador e o Brasil como pontes de conexão entre o continente africano e a Europa.
Também esteve presente no evento a presidente da Cufa Cuiabá, Débora Ribeiro. “Evento incrível para nosso crescimento e articulação, não só a nível de país, mas de forma global”, finalizou.